Honestamente, alguém esperava um disco bom do Human League? Eu também não. Então não me surpreendi com esse que é o nono álbum de material inédito da Liga de Sheffield. Aliás, a trupe de Philip Oakey virou uma banda de singles depois de Dare, o clássico de 1981. Esse sim vai ter lugar garantido em qualquer retrospectiva relevante dos 80, mas o que veio depois é digno de torção nasal coletiva. Que eu lembre, a última música bacana do Human League já tem mais de 20 anos ("Heart Like A Wheel", 1990). É pra ser comemorado o fato do grupo ainda estar na ativa pra matar a saudade dos fãs no palco, mas o material novo é, infelizmente, irrelevante. Oakey não perde o cacoete de cantar como se fosse um sindicalista berrando palavras de ordem, e isso é uma das coisas mais irritantes de Credo (tente ouvir "Privilege" inteira e comprove). A única faixa que ameça funcionar é "Never Let Me Go" (o segundo single) que musicalmente não é nada muito diferente do que a Ke$ha anda fazendo. "Night People", lançada em Novembro do ano passado, já era o prenúncio de que nós - fãs ardorosos de "Don't You Want Me" e "Love Action" - não deveríamos nos animar muito. Dito e feito.
"Never Let Me Go": longe das paradas.
"Never Let Me Go": longe das paradas.
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