Mensagem subliminar? Adam Levine é o único descalço. |
Grupos pop de sucesso viram alvos fáceis muito rapidamente. Ninguém aguenta esse povo no topo por muito tempo. Há exatos dez anos, o Maroon 5 apareceu com o funk albino de "This Love" e de lá pra cá não parou de empilhar hits. Tá na cara que os californianos são uma banda de singles e são só deles que você lembra, não dos álbuns.
Parecendo querer dar uma cutucada nessa história, os marrons chamaram seu disco mais recente de Overexposed. É como - provavelmente - eles tem se sentido desde seu debut, que já foi sucesso de cara. Não acho que isso deva estar torturando esses caras tanto assim a ponto de colocar essa angústia nas letras ou os fazendo passar pelo dilema do pop star atormentado com o sucesso, mas que a pressão deve estar influenciando na música, eu não tenho dúvida. Porque qualquer coisa que venda metade das absurdas 10 milhões de cópias que o single Moves Like Jagger (do ano passado) vendeu, é potencialmente um fracasso. A fraca "Payphone" (com participação do mano Wiz Khalifa), primeiro single, foi número 2 na parada americana, e foi pro topo na Inglaterra. Bom. Já a reggatta de blanc "One More Night" não passou da incômoda quadragésima segunda posição na América. Sinal amarelo. E era isso. O restante de Overexposed varia entre tentativas de aproveitar uma sobrinha de "Moves Like Jagger" (com sua prima "Lucky Strike"), o falsete cansativo de Adam Levine e um cover particularmente horrendo: o Maroon 5 transforma o clássico "Kiss" (Prince) no blues mais canalha da história. Pra mim não faz a menor diferença se o Maroon 5 veste Versace ou come metade do cast da Victoria's Secret, desde que seus singles mantenham um jeito "Makes Me Wonder" de ser. Mas das faixas desse Overexposed, nem cheiro. Férias, pessoal.
A boa "One More Night": Rocky Levine.
A boa "One More Night": Rocky Levine.
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