Os australianos do Pnau acabam de lançar seu quarto álbum, e já te adianto: é bem fraquinho. Se você depositava alguma esperança nessa dupla por enxergar neles um Tears For Fears ligeiramente houseificado, o argumento procede - porque o timbre de Nick Littlemore realmente lembra o vocalista das Tias Fofinhas, Roland Orzabal - e também porque o Pnau tem um certo gosto por melodias sintéticas brotadas de seus teclados oitentistas.
O grande problema em Soft Universe é esse clima Neverending Story que permeia o disco (na foto do duo com o unicórnio acima, dá pra entender), onde as melodias são de uma positividade irritante - é tudo tão up e ensolarado que cansa fácil. E os arranjos açucarados contribuem negativamente pra massa desandar na primeira audição. Com uma balada horrenda ("Glimpse"), uso abusivo de efeitos de voz (na apropriadamente chamada "Epic Fail") e um tema de encerramento que parece extraído de um musical chato da Broadway ("Waiting For You"), nada se destaca em Soft Universe. Fica a certeza de que o Miami Horror ainda é uma das coisas mais bacanas no campinho dance/pop que vieram da Austrália recentemente. Corre pro Illumination.
"Unite Us": Nick Littlemore e Peter Mayes num mundo de fantasia.
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