Não são legais essas bandas que vivem à margem do tempo? Tipo esse simpático grupo acima, o Clan Of Xymox (um dia vou aprender a pronunciar o nome). Para esses adoráveis holandeses com cara de figurantes do Trem Fantasma do Playcenter; tanto faz o preço do dólar, não importa se Oslo está indo pelos ares e muito menos se a seleção de seu país é a atual vice-campeã mundial de futebol: o calendário é um acessório irrelevante.
Isso concede ao Clan Of Xymox o direito de gravar um disco que é exatamente como eles fariam em 1985, época de seu debut epônimo pela 4AD. Certamente em 2011 eles tiram mais proveito da tecnologia, mas nada que faça esse álbum livrar-se do estigma gótico/apocalíptico de um tempo em que se levava isso a sério demais. Se bateu uma certa curiosidade, vale o clic em "My Reality", faixa que abre o recente Darkest Hour. Com seus synths roucos e blips percussivos, periga ser o momento mais interessante entre as dez canções. E se você está se lixando pra esse papo de atemporalidade, ouça "Tears Ago" e encontre nela e no seu riff de guitarra uma companhia perfeita para suas faixas preferidas do Sisters Of Mercy. O resto do disco é aquilo: arrastado, taciturno, sombrio. Já pensou se pega de jeito com a geração Crepúsculo? Improvável.
"My Reality": pop nubladão.
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