O prolífico austríaco Marcus Füreder não para. Quando não está discotecando ou apresentando-se em clubes e festivais com sua banda, ele produz o que há de melhor hoje em dia na rebolativa fusão swing jazz/eletrônica.
E é como Parov Stelar que Füreder acaba de lançar mais um discão: The Princess saiu no finalzinho de Abril e felizmente mantém o padrão de suas produções anteriores. Se você já ouviu e não achou nada muito inovador, preciso rebater te perguntando como e porque Parov Stelar viria com um disco que não fosse de electroswing - um gênero relativamente novo e que tem na figura do próprio Füreder um dos seus criadores? The Princess é um álbum duplo e vem recheado de temas jazzísticos e levemente houseificados: experimente o mix certeiro de scratches, metais e piano minimalista já na segunda faixa ("All Night") ou a levada um tiquinho mais pop de "Nobody's Fool" - com vocais da cantora da Parov Stelar Band, Cleo Panther - e uma linha de baixo inacreditável no refrão. Não sei como Füreder consegue recriar uma orquestração tão fiel ao swing jazz dos anos 30 (em "Silent Shuffle") ou se isso é resultado de trechos originais brilhantemente sampleados, mas que o efeito é sensacional, é. Os violinos de "You Got Me There", o violoncelo de "The Beach" e o piano elétrico, baixo acústico e sax de "Song For The Crickets" garantem uma rica diversidade instrumental ao disco em canções mais contemplativas e que nem sempre são destinadas aos quadris. O disco 2 traz faixas extras ou que saíram exclusivamente em vinis, estas sim, todas voltadas para a pista. BPM alto e grooves de entortar o cangote em "Jimmy's Gang", "Sally's Dance" e "Baska Brother". Stelar até arrisca um flertezinho com a disco em "Oh Yeah" e tira o pé do acelerador em "Booty Swing" para invadir a TV americana num anúncio do resort e cassino The Cosmopolitan de Las Vegas. Suinga Stelar, suinga!
"All Night": electro-jazz para as massas.
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